Ortopedia Funcional dos Maxilares é um tipo de tratamento oclusal que se baseia na orientação do crescimento ósseo. É possível corrigir tanto as bases ósseas como do osso alveolar nos 3 sentidos, ou seja, corrigimos problemas dento-esqueléticos no sentido antero-posterior, vertical e transversal.
Desde de 2002 existem no CFO duas especialidades responsáveis pela correção das más oclusões:
Ortodontia e Ortopedia Facial – usa aparelhos fixos para movimentos dentários e dispositivos ortopédicos com forças pesadas como extra-bucal e disjuntor – geralmente usado a partir dos 12 anos.
Ortopedia Funcional dos Maxilares – usa aparelhos móveis para correções esqueléticas e alveolares com forças leves, evitando a instalação dos problemas – geralmente usados até os 12 anos de idade.
A idade ideal para iniciar um tratamento ortopédico funcional varia, mas uma avaliação deve ser feita entre 3 e 4 anos de idade, pois nesta fase muitas alterações de crescimento já se manifestam podendo ser tratadas de forma muito mais eficiente, em alguns casos evitando que a criança venha a usar o aparelho fixo no futuro.
– Mordida Cruzada – pode dar origem a prognatismo e assimetrias faciais que posteriormente só poderão ser corrigidas com cirurgia ortognática.
– Retrognatismo – o posicionamento da mandíbula para trás é de difícil correção na adolescência. Com aparelhagem fixa só poderá ser corrigida com cirurgia ortognática ou compensadas dentáriamente.
– Mordidas Abertas – são mais difíceis de corrigir após a instalação da dentição permanente. O ideal é corrigir antes da erupção do 1º Molar permanente.
– Apinhamento – ao corrigirmos a falta de espaço à medida em que ela se desenvolve, evitamos extrações de dentes permanentes.
O aparelho de Ortopedia Funcional consiste em um aparelho móvel com estrutura de acrílico e alças e dispositivos em metal. Este desenho é extremamente individualizado e causa estímulos localizados para a correção específica dos problemas oclusais.
– Os aparelhos de Ortopedia Funcional estão em constante evolução técnica, mas a base é sempre a fisiologia do sistema estomatognático.
– A origem se deu no início do século XX com o Monobloco e Bionator, e foram evoluindo nos anos 50 com Fränkel, anos 60 com Bimler e Klammt. Nos anos 70 eles passaram a ser realmente efetivos com Planas e nos anos 80 e 90 ficaram mais científicos com os SN.
Atualmente a tendência é a união dos dispositivos mais eficientes destas técnicas mais recentes para um melhor resultado clínico.